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Life in Pink

Life in Pink

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Há umas semanas atrás experimentei chá de curcuma, recomendado por uma amiga que dizia maravilhas deste chá e das propriedades desta "super Raíz". O chá era bastante aceitável, cheguei a casa e decidi investigar. Vai daí, descobri que a curcuma é, tão somente, açafrão das índias. É. Fiquei chocada. Eu a pensar em algo que só se encontraria em celeiros e afins, percebi que a curcuma é, na versão pó, o belo do açafrão das índias. Não invalida as propriedades maravilhosas da curcuma, o seu potencial anti-inflamatório, e a loucura pela bebida que se está a tornar da moda - o leite dourado. Feito com curcuma, esta bebida promete reforçar o sistema imunitário, prevenir constipações, além de saciar. Confesso que tenho alguma curiosidade em experimentar, mas açafrão com leite é algo que me deixa com algum receio. Já pensei colocar um pouco na sopa, mas ainda não ganheio coragem. Silly me. Aqui um exemplo do que é o leite dourado.

Imagem retirada da internet.

Dá saúde e faz crescer. É o que dizem os antigos. A princesa está a crescer lindamente. Já eu, sinto sono e crescimento só para os lados. Acordar às seis da manhã não é bem o que mais prazer me dá. Não me custa horrores, mas chego ao final do dia, e se por exemplo tenho um jantar com amigos ou família, às 22h estou ko e só penso na minha caminha. Estamos na fase de acordar às seis da manhã e como não conseguimos que adormeça a seguir, bem, vamos brincar. Há que aproveitar o tempo! O resultado é, ao final do dia, uma janela temporal de princesa com boa disposição muito reduzida. O final de dia de ontem foi muito bom, pela primeira vez numa semana voltou a comer sopa e jantou o prato principal todo - quinoa com vitela estufada (tudo cozido em água com molho de tomate, alho e coentros). Depois de jantar estava aceleradíssima e quando começou a fazer tontices a mais, caminha - não conseguimos que esteja bem até às 20h30, pelo que a temos deitado mais cedo. Se passamos aquele limiar, é um inferno para adormecer, anda uma hora às voltas na cama e chora, chora, chora.

A princesa está um amor, despachadíssima, percebe tudo o que lhe dizemos, já conta até quatro (yey :p) e vai percebendo as cores. Acima de tudo, parece-nos ser uma bebé feliz, apesar do seu feitiozinho anti-social. É um amorzinho bom dos papás.

19 meses de gordinha! 19 meses da princesa mais fofa das nossas vidas. Neste mês, o destaque (para além da óbvia fofura) vai para o peso. Está tãooo pesada a gordinha. Ou então eu estou a ficar mais fracota (também pode ser isso ). Ela está gira que se farta, mas aquela barriguinha proeminente não a larga nem por nada. Vamos lá ao resumo do mês:

Soninhos - A sesta pós-almoço mantém a sua estrutura - entre 1h30 a 3h, sendo o mais comum as 2h. Nos dias de creche vai para a cama por volta das 12h, ao fim-de-semana vai um pouco mais tarde - 13h, 13h30. O sono grande tem-se mantido das 20h30 às 7h/7h30. Nos últimos dias está um pouquinho chata, a acordar às 6, 6h30. Ninguém merece acordar a essa hora ao fim-de-semana, mas tirando isso, tem dormido muito bem.

Comida - Está claro que tem comido muito bem. Não é miúda para comer este mundo e o outro, há jantares em que fica só com a sopa, tamanha é a birra de sono. Continua a comer refeições principais simples, com confecções que não passam do cozido ou grelhado. Adora carne de vitela com quinoa. Massinhas com carne picada. Bife grelhado com arroz. Perca cozida com batata. Legumes só na sopa. Por vezes lá vai um brócolo misturado na batata ou na quinoa. Adora manga e banana, pêra madurinha e maçã. Depois do episódio com o kiwi, nunca mais lhe demos nada cítrico. Lanches ao fim-de-semana costumam ser papa de aveia com maçã/pêra (junto sempre outra farinha, dependendo do mood do dia - alfarroba, arroz, milho, espelta..). Pequeno almoço - depois dos 300/330 ml de leite (ingeridos por volta das 7h), petisca uns puffs de arroz tufado ou uma mini panqueca. Em dias menos bons, lá vai uma bolacha cracker (recente perdição da pequena, qual bolacha maria qual quê).

Falar - repete tudo o que nós dizemos. Melhor ou pior, tenta sempre. Por vezes não se perceber bem, há ainda vogais que não consegue produzir. Depois de termos feito um vídeo em que descreve o que estamos a comer, diz em repeat - batata, banana, bacalaoo. Por vezes, do nada, começa a enumerar as pessoas - papá, mamã, abó, abô, titi, titio. Tem um nome de código para as músicas que costumamos cantar e quando quer que cante uma, utiliza esse nome de código - mimi (dé, ré, mi fá), anha (aranha), bawao (o Balão do João), ehyé (foi na loja do mestre André), etc. Tem um problema com o sim - nunca diz sim. Quando quer dizer que sim, diz é e abana a cabeça. Por vezes o não significa sim, o que leva a pequenos desentendimentos. Agora deu para chamar mamãe e papai. Deve ser um sinal para marcarmos uma viagem ao Brasil, que por cá está muito frio. Também já diz frio, quando bebe algo frio ou põe os pés no chão, descalça. Não podemos dizer nada que não queiramos fazer na hora, porque ela já percebe tudo! Se digo, por exemplo, quando acabar de comer a maçã, vamos lavar os dentes, sim princesa? Vai a correr para a casa de banho.. Se digo, este chão estão horrível, logo quando chegarmos da escolinha aspiramos, boa? Vai a correr agarrar-se ao aspirador. Óbvio que adora aspirar, que gosta de andar com a pá e a vassourinha atrás.

Andar - parece uma trôpegazita, mas anda bem :) corre pela casa (medoooo). Já começa a dançar melhor, apesar de parecer uma mola - os movimentos corporais são todos a dobrar os joelhos e depois a esticar-se. Anda para trás. Colinho na rua é do melhor!

Brincar - nunca se entreteve muito tempo com a mesma coisa (e por muito tempo, quero dizer uns simples 5/10 minutos). Continua a não o fazer. Pega num, desarruma, passa ao próximo. Acho que o que mais a distrai ainda é o cesto das molas. Mas requer sempre companhia, que isto de estar sozinha não é para ela. Gosta de se empoleirar no sofá pequenino dela (o que é um perigo, dizemos para não fazer, mas meia volta, a olhar para nós de lado, lá se põe em pé e responde ao nosso - Princesa! com um aiai), desce e sobe para o nosso sofá sem qualquer problema, brinca com legos, com livros, com bonecas, o que lhe aparecer à frente. Mas nada lhe prende a atenção muito tempo.

Higiene - Gosta de tomar banho, gosta de lavar os dentes (a ela própria, se alguém tenta ajudar, é um descalabro). Na realidade, gosta é de comer a pasta dos dentes. Trocar a fralda continua a ser dramático. Foge. Vestir e despir, tem os seus momentos, mas requer sempre alguma paciência e distracção da pequena. Vestir o casaco para sair de casa? D R A M A. Pentear, quando lhe quero apanhar o cabelo? D R A M A (a menos que esteja distraída com qualquer coisa). Colocar ganchinhos é sempre mais fácil. Próximo passo - cortar o cabelo. Boa sorte para nós e para a cabeleireira.

Creche - Por vezes fica sem grande vontade, ao final do dia fica muito feliz de me ver, mas também não quer vir embora. Passeia pelas outras salas. Mostra-me os brinquedos. Tirar o bibe é uma luta. Trocar sapatos também - normalmente é uma auxiliar que ajuda. Come sempre lindamente, com muita pena minha os lanches são desastrosos, papa da nutriben intercalada com iogurte e carcaça com manteiga. Numa altura em que a discussão sobre alimentação saudável está constantemente em análise,é uma pena a não variação dos lanches dos mais pequenos. Sem necessidade nenhuma. Porque não dar uma peça de fruta? Umas panquecas caseiras? 

Socialização - a pipoca sempre reagiu mal perante multidões e pessoas que não vê com regularidade. Ao ponto de chorar. Temos sempre muito cuidado com as visitas em casa e com as pessoas que visitamos. Tem que se fazer uma aproximação gradual, caso contrário a princesa desata a chorar. Com lágrimas, gordas. Há ainda pessoas que vê quase todos os dias, que lhe falam, e que ela ignora. Não estou a brincar, ignora mesmo. Vira a cara, se puder, ou desvia o olhar dos olhos das pessoas. É assim. Nunca foi o bebé mais sorridente.

É uma fofa. A minha bebé. O meu amor. Gira que só ela. Com o rosto igual ao do paizinho. Com um sorriso maravilhoso, com os seus 12 dentinhos lindos.

 

 

 

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Numa ida a um biomercado com a princesa, demos por nós a falar com uma mãe daquelas fofinhas que só elas, mas que controla tudo o que a filha ingere. A filha estava alegremente a comer uma maçã e a ML não tirava os olhos dela (não pode ver ninguém a comer, não dá, quer logo abifar-se a qualquer coisa também). Essa mãe, muito querida, pergunta-me - posso dar-lhe uma maçã? Ao que eu respondo afirmativamente. Assim que ela lhe estica a maçã, pequena princesa começa a dizer, apontando para as bolachas, buaaaaaaa buaaaaaa buaaaaaaa (e eu a tentar disfarçar a gordice da pequena.. a sorte é que não se percebe muito bem o que ela diz, e lá conseguimos contornar a situação com um diz obrigada filha, diz lá!)

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Ontem comprei um champô "saudável" para a princesa. Comprei também detergente para a casa de banho. A pipoca farta-se de beber água quando toma banho, tentamos evitar que o faça, mas nem sempre conseguimos. Meia volta lá leva ela um copinho (tem uns copinhos c uns furos para brincar na banheira e gosta imenso. Não, não liga muito a bonecos de borracha nem livros para a água. gosta de copinhos) à boca e já está. Como qualquer pessoa, gosto que a minha banheira esteja limpa e tenho receio que os químicos presentes no detergente possam fazer mal à princesa. Vai daí decidi comprar um detergente mais natural e a ver vamos se limpa bem. A minha consciência fica mais tranquila.

Na lojinha onde comprámos estes produtos, há toda uma panóplia de mercearia e alimentos ditos biológicos, orgânicos, logo, mais saudáveis para crianças e adultos. Concordo plenamente que seja mais saudável e que devemos tentar alimentar-nos, a nós e aos nossos filhos, do melhor modo possível. Mas e quando a obsessão pelo saudável, biológico e orgânico compromete a saúde dos nossos filhos e em último caso, a nossa vida? Não deixar as crianças tocar em glúten, mesmo quando não têm qualquer alergia/intolerância identificada, será isso o mais correto? Não condeno quem opta por o fazer, mas não me parece nada saudável. Estão a criar crianças que não comem o que os amiguinhos comem na escola. Não comem uma fatia de bolo de aniversário a não ser que os ingredientes do mesmo provenham de agricultura biológica, não contenham glúten, nem lactose. Comem saudável. E o que sentirão estas crianças? Não se sentirão diferentes? Não quererão elas experimentar um pouco de bolo, um pouco de pão? Uma bolacha igual à dos amigos? É assunto que me mete confusão. Preocupação com a saúde? Sim. Obstinação com a origem e qualidade do que bebem, comem, vestem? Não, obrigada. Tento que a pipoca coma bem, comida com pouco sal, confecção simples mas com sabor. Faço-lhe papas caseiras. Faço bolachas. Faço bolo sem açúcar. Mas também a deixo comer bolacha maria. Pão. Comida dos crescidos quando quer experimentar. Bolo quando há um aniversário. Não condeno, mas não me parece correcto.

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Meio do dia. Sexta-feira. Tenho saudades da minha gordinha. Quero ir buscá-la e dar beijinhos e miminhos e afins. É. É sexta-feira e aquele sentimento de fim-de-semana à porta está forte hoje. Gordinha. Miminhos. Casinha.

A princesa está gira que se farta, fala imenso, faz asneiras, é um amor.

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Tudo o que pequena princesa faz, a sua mãe acha adorável. Mesmo as birras (por vezes chateiam-me, reviro os olhos, respiro fundo, mas ainda assim, são adoráveis). Este fim-de-semana referiu, pela primeira vez, é meu, afastando as minhas mãos, e redimindo qualquer intenção minha sobre aquilo que tinha em sua posse - um termo para beber água. Achei amoroso, claro está, e tentei não me rir. Ontem saiu-se novamente com esta, mas o excelentíssimo pai travou-lhe logo qualquer desejo de reinar no nosso pequeno castelo. Está tão fofa. Tão mega adorável. Tem o melhor pai, que garante a existência de limites perceptíveis. Esta mãe é uma fraca (coração de manteiga), que vai tentando aprender com o que sai tão naturalmente ao pai.