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Life in Pink

Life in Pink

Ah e tal promove a independência, é necessário uma boa higiene do sono e lalala. Eu por mim ficava com a princesa na cama mais uns tempos, mas o papá já está cansado e somos dois a tomar decisões, pelo que estamos em processo de passagem da princesa para a caminha dela. E como correu a primeira noite? Um pequeno tormento. Acordou umas dezenas de vezes durante a noite, perdia a chucha e chorava. Queria leite. Queria mimo. E o choro? Tenebroso. Uma coisa do demónio. Dava para ouvir nos andares que nos rodeiam. A avó, a dormir no quarto ao lado, sentenciou logo que a menina estava doente, tal era a aflição, o choro desmedido. Afinal não, só queria dizer que estava ali :)

Após uma noite difícil, pensámos - vamos ter um dia tão duro pela frente, todos com poucas horas de sono em cima. E não é que a bebé se mostrou bem disposta? O dia todo? E foi tãoooo bom ter uma bebé bem disposta!! Fiquei a perceber a alegria de vida dos papás com bebés bem dispostos. É tudo tão melhor.

A segunda noite na cama foi ligeiramente melhor. Anda a pedir leitinho demasiado cedo, mas se tem fomeca, tem que ser! Um dia dormirá a noite toda. Um dia voltaremos a dormir uma noite inteira. Lá chegaremos, há tempo para tudo :)

Sete meses e oito dias. Primeiro dentinho, tão fofo que só ele! Fica tão amorosa a princesa, mas tão amorosa. E a excitação da mãe quando viu o dente? Uma loucura :) Teve que partilhar com meio mundo. Foto da dentolinha é que está difícil, é tão pequenina e a princesa não colabora muito. Dormiu muito mal de noite, mas diz que faz parte. O papá, um querido, teve ainda com ela ao colo uma boa hora a meio da noite, único modo de sossegar a bebé.

 

Foi ontem. Assim do nada. A princesa costuma estar perto de nós, na espreguiçadeira, quando fazemos as refeições. Estávamos nós a começar a jantar e a princesa lança-se para a frente, de modo a agarrar os pés (um dos seus desportos favoritos nos últimos tempos). Gira que só ela, claro está, mas sem o cinto da espreguiçadeira apertado (nunca foi preciso, não achámos necessário estar a apertá-la quando ela não adora estar presa) a coisa tem potencial para ser perigosa. Felizmente estávamos junto a ela e vimos esta sua nova habilidade, mas poderia não ter sido o caso. Agora estamos mais atentos a todas as possíveis movimentações, pois efetivamente é de repente que eles adquirem novas competências.

Já referi que a princesa está linda e amorosa!? Pois que é verdade :)

No final de uma semana atribulada em termos de saúde, e seguindo as indicações da pediatra, fomos dar a segunda dose da vacina Bexsero. Na quarta-feira tínhamos ido a correr para a pediatra, início de infecção no ouvido, a princesa estava a fazer brufen e fenistil, mas efetivamente a disposição dela na quinta-feira estava óptima, na sexta avançámos para a vacina. Acho que não o deveríamos ter feito e poderíamos ter esperado mais uns dias para dar a vacina, mas já está. Resultado, durante o dia parece que a princesa esteve bem na creche. Quando a fui buscar, ao final da tarde, estava xoxinha. Tentei deitá-la para a última sesta e chorava. Eu pensei, bolas, outra vez isto não. Começo a ver a febre. 37,8. Lá a consegui adormecer, mas um sono muito agitado e choroso. Quando acordou da sesta tinha 39,5. Enquanto fui buscar o benuron para lhe dar, chegou aos 40. Pânico instalado, despir bebé, toalha de água fria (odiouuuu) na testa para baixar a temperatura. Enfim, um pequeno susto. Lá passou e no fim-de-semana ficámos fechados em casa para o bem da bebé, a ver se é desta que recupera plenamente. No domingo à noite já acusávamos o cansaço de um fim-de-semana fechados em casa, mas teremos muitos fins-de-semana de sol pela frente :)

Ainda andava a pequena ML na barriga já eu me apresentava como acérrima defensora de zero açúcares nos primeiros anos de vida. Continuo a sê-lo, mas um bocadinho mais liberal, porque é giríssimo ver a bebé a descobrir novos sabores e texturas de alimentos. Vai daí, ontem andava com ela ao colo (percebi uma hora ou duas depois que estava doentinha) e fui comer uma bolçacha Maria - olhei para a bolacha e pensei, olha, porque não? Lá foi um pouquinho de bolacha até à boca da bebé que mordeu um pouquinho, mas na realidade não ligou nenhuma. Eu à espera de uma explosão de alegria, confetis e afins, e nada. Fica a dúvida - foi porque estava doentinha ou não quis mesmo saber daquilo para nada? Lá terei de experimentar novamente!

 

Deixo-a de manhã e fica a esticar os braços para mim Vou buscá-la ao final da tarde e não olha para mim, não sorri quando faço brincadeiras, mostra-se mesmo zangadinha com a minha pessoa (se continuar assim nos próximos meses, parece-me que muitas birras teremos que enfrentar, mas o que seria da experiência da maternidade sem este lado mais desafiante?). E é isto. Efetivamente não estou a adorar deixar a piquena na creche (As auxiliares são óptimas e super simpáticas, mas nada como a mãezinha).

Quando escrevi o primeiro post sobre o tema, pensei em ficar-me por aí. Mas não. A princesa melhorou um pouco, e sem febre voltou à escola. Dois dias bastaram para nova situação pânico instalado na mãe, vulgo doença na bebé. Cheguei a casa ao final da tarde com a bebé murcha. Tentei adormecê-la, chorava (a minha bebé não costuma chorar, rezinga, que é algo bastante diferente). Adormeceu ao colo, 20 minutos. Pensei - pode ter fome - vai de dar comida, e sempre a chorar. Pensei, vamos lá à Pediatra. E pronto, uma pequena infecção num ouvido, mais medicação para a princesa, a meio da noite tinha febre e de manhã voltou à creche. Confesso-me arrependida de a ter mandado para lá e não ter ficado com ela em casa, mas até agora aparentemente está tudo bem.

São 14h. Saio às 16h. Conto os minutos para ir buscar a princesa. É cansativo estar com um bebé a tempo inteiro, que é. É cansativo estar com um bebé em part-time, fazendo a vidinha normal no restante tempo, que é. Mas há melhor coisa do que passarmos o máximo tempo possível com a nossa bebé, a mimá-la, a brincar com ela, e tudo e tudo? Pronto, é só isto. Em dia lamenchas, eu em modo lamechas me encontro. Com saudades da minha princesa. Com saudades da avó dela que também vai embora hoje. Com saudades de uma vida em tudo mais fácil quando ela cá está. Com saudades de ter o coração ainda mais cheio com as gargalhadas de ambas. Felizmente as da avó saem sem grande esforço, que pôr a piquena a gargalhar é uma estafa!

A princesa está melhor, com menos expectoração e febre nem vê-la. O papá da princesa está maravilhoso, como sempre. A meio da noite, no meio do caos que é dormir com uma bebé cheia de expectoração e que por volta das duas decidiu começar a palrar (até às quatro senhores!!), o senhor namorado teve oportunidade para me fazer rir. Por volta das quatro desistimos que ela adormecesse sem biberão, namoradinho foi prepará-lo enquanto eu mudava a fralda e fazia mais uma dose de soro. Quando voltou ao quarto vinha chateadíssimo da vida a dizer bebé feia! bebé feia! e eu só me consegui rir da tontice que foi proferir aquelas palavras :) Óbvio que ele não sentia nada daquilo, mas tinha sono. O sono faz-nos dizer as maiores tontices possíveis.

O dia dos namorados é mais uma tontice de dia - deve ser todos os dias, sem pressão para se passar um serão perfeito, fazer um jantar perfeito, dar a prenda perfeita. Todos os dias temos oportunidade para namorar, para fazer a outra pessoa sentir-se amada, para sermos cúmplices em tudo e mais alguma coisa. Que seja um dia feliz. Que o sejam todos.

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