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Life in Pink

Life in Pink

Falharam registos de algumas sopas. Na sexta experimentou-se a courgette, na sétima a alface, na oitava o alho. O alho foi experienciado numa altura em que a sopa não era muito apreciada, pelo que ao fim de dois dias, decidi voltar a fazer uma sopa mais simples, mais docinha (batata doce, cenoura, cebola, alho francês, chuchu, courgette e alface). No primeiro dia da sopa nova também a rejeitou. No dia seguinte o papá decidiu dar-lhe mais meia hora antes de a alimentar e voilá, problema resolvido, voltou a comer tudo num instante :) Entre o alho e a nova sopa de hoje, fizemos mais duas com os ingredientes já conhecidos e apreciados. Hoje a experiência foi a couve flor, e mais uma vez comeu tudo. Queria experimentar a beringela, mas está difícil de encontrar. Como referiu o dono de uma loja onde costumamos comprar ingredientes, neste momento a beringela está muito cara, o lucro é mínimo :)

A consistência dos cremes que fazemos, assim como a das papas, roça a argamassa. A princesa gosta assim. Só não acho grande piada ao facto de não beber quase água nenhuma. Imagino aquela papa toda colada ao estômago, sem qualquer ajuda para diluir e digerir.

Oito minutos. Foi o que demorou agora a adormecer. E cada minuto me pareceu uma eternidade. Chora sempre para adormecer. SEMPRE. E eu, mãe galinha com um coração de manteiga, fico sempre com o coração nas mãos. Não sei se foi do Natal e das mudanças, a verdade é que a princesa tem andado um pouco baralhada. Ontem à noite, passados uns 45 minutos de choro, fui-me juntar a ela na cama, e nem assim. Foi preciso intervenção do pai, colinho, e lá adormeceu. A ver se a sesta agora é qualquer coisa decente, e não um mini sesta.

Não me parece natural os bebés terem que chorar para adormecer. Desafia a minha lógica, mas efectivamente se eu estiver junto a ela, ela chora também. Tenho que aprender a gerir estas emoções, porque parece-me que a princesa vai continuar a resmungar e a chorar.

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 O Natal já lá vai, podemos pedir prendinha de passagem de ano? Era só isto. Isto, um cházinho e uma mantinha, temos uma mamã feliz :) Se adicionarmos um papá à equação e uma bebé na sua sestinha, melhor ainda!

O que faz uma bebé de 5 meses na noite de Natal? Dorme, pois claro. O que faz uma bebé apegadíssima às suas rotinas e caminha na noite de Natal? Dorme aos solavancos. Chegados a casa de família, na hora habitual de cama, baby ML começa a rezingar. Vamos lá preparar uma caminha para receber a princesa e ver se a pomos a descansar - lá foi o papá (melhor calmante para a bebé do que a mamã) deitá-la. Demorou um pouquinho a adormecer, levou bastante colo e miminhos, mas lá ficou. Voltou a acordar passado um bocado, havia muito barulho em casa e as primas pequeninas achavam aquele quarto espectacular para umas visitas eheh. Lá pelas 21h30, 22h, entrou num soninho mais regular e assim se manteve até que a fomos buscar para voltarmos para casa. Viagem toda de olhinho aberto, toda bem disposta quando chegámos a casa, leitinho e soneca.

Dia 25, nova alteração - almoço fora de casa, vamos lá preparar a caminha da princesa numa caminha emprestada. Custou um pouco mais a adormecer, sempre ao colinho do papá, mas lá descansou um bocado (uma hora na cama, mais coisa menos coisa). Voltou a adormecer mais um pouco ao colo do papá, a meio da tarde. Ao final do dia, já em casa, soneca no biberão. Normalmente não deixamos que isto aconteça, mas foi um dia especial, e a princesa portou-se muito bem!

Existem várias vacinas fora do plano nacional de saúde. De acordo com a informação recebida da pedi, temos para já:

- rotateq: deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses (previne gastroentrites)

- Bexsero: deve ser administrada aos 3, 5 e 7 meses (previne meningite B)

Nós estávamos a seguir as vacinas do pns e eu já tinha ouvido falar muito sobre as outras vacinas, fora do plano, que seriam bastante caras (era o tema de algumas amiguinhas, quando falavam nas despesas que crescem quando há crianças). A estranhar ainda não termos recebido qualquer informação da pedi sobre elas, decidi mandar uma mensagem a perguntar quando as deveríamos dar. Obti uma resposta muito interessante, que me deixou em pré-pânico - supostamente já deveríamos ter dado uma série delas, houve claramente uma falha de comunicação, a pedi achou que nos tinha passado a informação, e nós por desconhecimento de causa não tínhamos abordado o assunto. Fomos a correr (quase literalmente, a troca de mensagens começou às 11h, às 13h estávamos no hospital) dar a vacina Bexsero à bebé, e as próximas doses serão aos 7, 9 e depois 15 meses. 

A rotateq já não vamos a tempo, esperemos que não haja qualquer problema.

 

Chateia-me o Natal. Chateia-me todo o consumismo. Chateia-me que só nesta época se lembrem que solidariedade é algo que faz sentido. Chateiam-me os preços galopantes para logo de seguida caírem em flecha. Desilude-me o desapego ao que verdadeiramente significa o Natal. Parte da minha família une-se com o intuito de estar em família e assim passar um bom bocado. É a altura do ano em que conseguimos estar todos um bocadinho e conversar sobre a vida. As prendas são subvalorizadas, porque o que realmente importa é a família. Outra parte da família, e confesso que mesmo depois de tantos anos, não me sinto parte integrante de toda a família do namorado (há quem me faça sentir mesmo muito parte da família, mas também há quem me faça sentir uma desconhecida), vive esta quadra muito focada nos presentes. Felizmente, a união entre a família é também fundamental para eles, mas isso não chega para me cheirar a Natal, para sentir o Natal, para sentir que o mais importante são as pessoas e não o que cada um oferece. Parece só uma grande festa, mais uma grande festa de família. Falta-me o amor, sentir o amor sincero que só da minha família advém, pelo simples facto de fazer parte deles. Falta-me o sentido de interajuda. A solidariedade para com estranhos. Por vezes a falta de dinheiro liga as pessoas ao que realmente interessa, aos valores, aos sentimentos e quem menos tem, é quem mais dá e ajuda quem necessita.

Cá por casa não temos árvore de Natal, por falta de espaço de arrumação, para não termos mais um item perdido nesta balbúrdia. Cá por casa temos o melhor do Natal. Amor. Amor pela princesa. Amor pelo papá dela. Amor deles por mim. Cá em casa é Natal e isso é que importa.

A princesa está uma crescida. Ainda não se senta bem. Rebolar nem pensar. Ficar de barriguinha para baixo é um drama. Está gorduchinha e achamos que isso pode não ajudar :)

A sopa comeu sempre a contragosto, mas conseguíamos dar-lhe tudo o que achávamos recomendável. Até aos últimos dias. Pensámos que seria do ingrediente novo, o alho (entretanto também já experimentou courgette e alface), fizemos nova sopa, mas também não passa bem. Damos a fruta pelo meio, para ver se a princesa fica com o estômago compostinho. Já a papa, que não adorava, está a passar muito melhor. Eu que tinha grandes planos para papas caseiras de aveia, farinha de alfarroba e afins começo a achar que ela não vai ser grande fã. Melhores dias virão em termos de paparocas!

Não. Ainda não foi para a creche. Só irá, em princípio, em Fevereiro. Então qual o problema, perguntam vocês. O coração da mamã, respondo eu. Já perco horas de sono a pensar nisto. Como vai reagir ela, como se vai adaptar sem os papás e os colinhos que conhece tão bem. Como se vai adaptar sem ter a atenção toda só para ela. Não deveria ser necessário colocar bebés tão pequeninos na creche, afastá-los dos miminhos e da atenção que tanto merecem. Acabaram de ser postos neste mundo, porquê colocá-los logo num tão grande desafio? E depois as doenças..

Ontem fomos a casa de uns amigos que a bebé já conhece. Mal entrámos em casa deles, ela desatou a chorar. O tempo que lá ficámos, ou chorou, ou ficou com ar de poucos amigos, sempre ao colo do pai. QUando chegou ao carro, adormeceu em dois minutos, coisa que nunca acontece. A bebé estranha pessoas e sítios diferentes. Eu sei que não a posso colocar numa redoma e protegê-la do mundo para sempre. Mas poxa, não deveria poder ficar com atenção para ela só mais uns mesinhos? Logo ela, que exige tanto a nossa atenção e dedicação.

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 Desde que li uma crítica muito positiva a este livro que tenho vontade de o devorar. Deixo aqui a sinopse disponível sobre o mesmo.

"Um guia indispensável para educar para a felicidade O que faz da Dinamarca o país mais feliz do mundo? E quais são os segredos dos pais dinamarqueses para criarem crianças bem-sucedidas, confiantes e felizes? Este guia optimista e prático reúne as ideias de uma psicoterapeuta e de uma mãe — uma dinamarquesa e uma americana casada com um dinamarquês, respectivamente — sobre os hábitos das famílias mais felizes na Terra. O livro oferece conselhos sobre como: - Incentivar jogos livres - Potenciar a autenticidade e a confiança - Fomentar a empatia - Enfatizar o trabalho em equipa sobre as lutas de poder - Celebrar a união Jessica Joelle Alexander é norte-americana, cronista e mãe; vive com o marido, dinamarquês, e os filhos, na Europa. Iben Dissing Sandahl é psicoterapeuta e terapeuta familiar, a exercer há vários anos no seu consultório, nos arredores de Copenhaga, Dinamarca."

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