Temos que juntar sempre verdinhos a tudo :) um esparguete à bolonhesa com um feijãozito verde e milho, uma receita de bacalhau com natas divinal, com espinafres, cenoura e alho francês!
A receita do bacalhau com natas foi inspirada num programa do Henrique Sá Pessoa, cujo objectivo passou por transmitir receitas que colocassem as crianças a comer legumes. Posso dizer que cá em casa, o namoradinho lindo que não adora bacalhau com natas adorou esta versão.
Os dias passam, o tempo voa, e sinto que não faço nada com ele. Eu sei que devo repousar, eu sei que devo relaxar, mas sinto-me frustrada sem qualquer objectivo que não seja manter a baby ML cá dentro, bem alimentadinha e a crescer. Pouco posso influir no crescimento da pipoca, estar calma, em repouso e comer bem é tudo o que posso fazer. Mas além da pipoquinha, que é a preocupação principal, ainda estou eu. A minha pessoa. A minha personalidade. Preciso de alimentar a alma, preciso de me sentir útil, de sentir que faço algo valioso com o meu tempo. Os dias passam, os dias correm, e eu nada faço. Um pedaço de nada é o que estou a fazer com o meu tempo. Desta feita vou culpar as hormonas pelo estado frágil em que me sinto. Preciso de um estímulo, de conversas inteligentes à minha volta, de livros que me espicacem a curiosidade, que me ensinem coisas novas. Preciso de algo, e não, não é um ferrero rocher.
Enjoos! Comigo tem que ser mesmo tudo ao contrário, onde já se viu enjoos nesta altura do campeonato? Noites mal dormidas, check, repouso, repouso, repouso, check, agora enjoos? Era escusadinho. Se calhar são só pequenas más disposições, não vamos dramatizar.
E o aborrecido que é ficar em casa com o tempo maravilhoso que está lá fora? Já referi esse aspecto? Baby ML, please, aguenta-te aqui dentro mais umas semaninhas, estamos a esforçar-nos à séria para isso!
Penso imensas vezes no que significa Amar, que pode ter tantas formas e evidenciar-se de múltiplas maneiras. Os casais não são todos iguais, as relações, o seu amor, cada um terá o seu modo de vivenciar esta experiência que é o amor. Mas voltemos à questão principal - o que é o Amor? Como sabemos se é amor e não qualquer outro sentimento? Como manter uma relação passados tantos anos?
Nos dias de hoje, a TV, as revistas, as redes sociais, os filmes de Hollywood fazem-nos crer em histórias de príncipes e princesas, em surpresas maravilhosas, em casais perfeitos. Quem não adoraria ter a relação que as pessoas x e y têm, que mostram o dia-a-dia, as férias, as surpresas que fazem um ao outro e etc? Isto cria em nós uma noção de que o Amor é algo mágico e as relações que nele vivem parecem saídas de contos de fadas. Onde se encaixa o nosso Amor no meio desta parafernália de histórias que nos chegam ao conhecimento?
Cada relação é única e especial. Quero acreditar que amar alguém pode ser sentido numa coisa tão simples como querer ver a pessoa a sorrir, ficar triste quando sentimos o outro angustiado ou não conseguimos ajudar a passar o mau dia que estão a ter. O Amor está nas pequenas coisas, naquele gesto de carinho, naquela palavra especial. Gostava de sentir a paixão que sentia no início, claro que sim, foi maravilhoso, arrebatador, algo mágico, só nosso, que aos poucos se foi transformando neste amor que hoje sinto, e sempre questiono. Não duvido que exista, mas preciso de o alimentar. Não basta existirmos em conjunto, estarmos juntos como companheiros de casa. É preciso mais. São precisas palavras e gestos de amor. Vivência de experiências só nossas, que nos vão ajudando a construir uma relação cada vez mais forte.
Nos dias de hoje vemos cada vez mais casais a separarem-se porque deixaram de se amar. Deixaram de gostar um do outro, de ter prazer ao partilharem pequenas coisas. Não sei como isto acontece e espero nunca vir a saber, mas acredito que o Amor tem que ser alimentado. Não pode ser um caminho de uma só pessoa. Não basta gostar, é necessário acarinhar, dar atenção, nutrir a relação.
Os presentes, as surpresas são uma coisa fantástica, um miminho bom, mas nada consegue transmitir o amor como a palavra certa acompanhada de um olhar sincero, a qualquer momento do dia. É o suficiente para que me volte a apaixonar a cada dia que passa.
SInopse: "Os Inocentes" é um livro viciante — tem cenas repletas de ação, personagens dinâmicas e complexas e a dose certa de sedução e mistério — que, no final, vai deixar o leitor a questionar os seus próprios valores. Esta é a história de uma amizade que luta pela sobrevivência numa conspiração que atinge as grandes esferas do poder. Ao longo destas páginas encontramos um assassino com uma missão especial e uma jovem em fuga cuja sobrevivência depende da cooperação entre ambos.
Armada em pseudo-intelectual, quando me surge um livro deste género fico sempre um pouco de pé atrás a achar que vai ser péssimo, mais uma lamechice qualquer, sem grande narrativa. Só para não ser totó, eis que este livro me surpreende muito pela positiva. Um livro que nos prende da primeira à última página, pois queremos mesmo descobrir como termina, quem são os maus da fita, onde estão as pistas que nos estão a escapar. Se bem que comecei desde cedo a desconfiar de uma das potenciais assassinas :)
Os inocentes conta a história de um assassino profissional, que trabalha para o governo dos EUA, faz o trabalho sujo de que ninguém fala ao eliminar potenciais inimigos da nação, desde chefes de cartéis de droga, a líderes corruptos e com as mãos manchadas de sangue, etc. Num dos seus trabalhos, depara-se com uma mulher e seu filho, e não percebe o porquê de os matar - qual foi o pecado deles? Não são terroristas, não têm ligações a drogas, crimes, etc, porquê? A partir deste momento, a vida de Robie vai mudar. Ele não termina o trabalho, mas alguém o faz por ele. Durante a fuga ao seu controlador e a quem disparou o tiro que condenou mãe e filho, depara-se com uma jovem adolescente - Julie, a ser igualmente perseguida, e salva-a do seu agressor. O destino de ambos vai ficar interligado até ao fim. Serão perseguidos, primeiro só com o intuito de os assustar, numa fase posterior, para os matar. Um plano maquiavélico de um antigo inimigo de Robie, que conta com várias toupeiras a imensos níveis no sistema de segurança norte.americano. Uma história emocionante, que nos faz querer saber sempre mais. Na minha opinião, 4/5.
Contracções. As minhas maiores inimigas nos dias que correm. Urgência no sábado, dia todo deitada e mesmo assim cerca de 3 contracções por hora. Lá fomos fazer um ctg, mais uma vistoria ao colo do útero. Tudo em ordem, repouso repouso repouso, muito magnésio e mais progeffik. Adoramos progeffik.. Hoje consulta, confirmação de tudo o que médico referiu no sábado, a bebé vai ser pequenina, vamos controlando com ecos o crescimento, e esperamos que se aguente pelo menos até às 34 semanas (isto é o que a médica espera; já eu, pessoa cheia de fé, espero que ela se aguente até às 36/37 :p).
Estamos reclusas na nossa casa, mas tudo por um bem maior, o crescimento da princesinha :) Haja saúde, amor e essas lamechices todas.
Fala-se imenso do amor de mãe e muito pouco sobre o amor de uma filha pela mãe. Quem diz filha, diz filho, mas vou falar do meu caso concreto. Tenho uma bebé na barriga, é um facto, mas ainda não me sinto mãe. O pouco que posso fazer para proteger a minha bebé é alimentar-me bem, descansar, ter calma, e pouco mais. Acredito que tudo mudará quando a baby ML nascer, mas até lá não me sinto mamã.
Há uns dias, em conversa com o namorado sobre esta questão nada simples que é o amor, falava do amor incondicional. Efectivamente, amor incondicional é o que sinto pelos papás, um amor que nada conseguirá colocar em causa, um amor infinito que me consome, me enche de alegria, mas também de preocupação, porque quero-os sempre bem! Temos aquela ideia de que os papás deveriam ser imortais, estar sempre connosco. Agradeço profundamente a presença, o amor, o carinho, a protecção que sinto da parte deles desde há 32 anos. E espero poder contar com eles mais uns tantos :) Os pais marcam profundamente a pessoa em que nos tornamos, e o constante apoio e dedicação fazem-nos sentir protegidos neste mundo que por vezes pode ser bastante cruel. Os pais são uma parte tão importante de nós que nunca é demais lembrá-los disso mesmo, da importância que têm na nossa vida.
Primeiro livro de uma trilogia de José Rodrigues dos Santos, com 688 páginas.
Sinopse, "Pode uma ideia mudar o mundo? O século XX nasce, e com ele germinam as sementes do autoritarismo. Da Europa à Ásia, as ondas de choque irão abalar a humanidade e atingir em cheio quatro famílias. Inspirando-se em figuras históricas como Salazar e Mao Tse-tung, o novo romance de José Rodrigues dos Santos conduz o leitor numa viagem arrebatadora que nos leva de Lisboa a Tóquio, de Irkutsk a Changsha, do comunismo ao fascismo o que faz de As Flores de Lótus uma das mais ambiciosas obras da literatura portuguesa contemporânea."
A primeira metade do livro é devorada com avidez, estamos a conhecer as várias personagens e o seu crescimento ao longo da história. A segunda metade do livro é outra história. Muita filosofia política, teoria política, comunismo, marxismo, fascismo, a explicação das várias correntes dentro de cada uma destas ideologias. Um romance histórico que facilita a compreensão da história, mas é preciso ter paciência para a parte mais teórica, pois não é de fácil absorção, é bom parar e pensar em tantos conceitos, pois são páginas e páginas de explicações dos mesmos. Livro muito bem escrito, como é hábito de José Rodrigues dos Santos. Não é dos meus preferidos, confesso, mas posso ser eu que não ando com a veia intelectual muito proeminente :)
Estas ao meu lado e já temo a hora em que sairás, amanhã, para mais um dia de trabalho. Hoje, como há oito anos atrás, anseio pela tua presença, pelo teu abraço, pelo teu olhar no meu, a tua mão na minha, os teus lábios. Com muita pena minha, não existe hoje a paixão de há oito anos, um estado que nos iluminava e nos fazia querer estar sempre colados um ao outro. Borboletas na barriga eram uma constante e foram-no ainda durante vários anos! E eram maravilhosas ☺️ Hoje partilhamos este amor, uma cumplicidade e amizade que nos fazem querer percorrer o resto do caminho lado a lado. Gostava de voltar à loucura dos dias de há oito anos, à descoberta do outro que exploramos de modo tão nosso, ao namoro incessante, de noite, de dia.. Mas gosto igualmente do que construímos, do apoio que temos um no outro, de como amar e viver contigo faz todo o sentido. Gosto de ti. Gosto de nós. <3
O receio não diminuiu. O medo de que algo de errado se passe não foi erradicado pelo médico. Referido como um dos melhores obstetras do hospital dos lusiadas, hoje deixou-me bastantes dúvidas, não houve grandes esclarecimentos quanto ao desenvolvimento ou falta dele da baby. Parece que está pequenina, um pouco abaixo da média, virada de cabeça para baixo, mas ao contrário. Por mais conforto que eu buscasse, por mais que perguntasse, a resposta veio sempre seca e evasiva. Sai do hospital bastante desconfortável e assim continuei o dia todo. Nada podemos fazer, mas quero tanto que esteja tudo bem!